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ARMANDA DUARTE

15/03/2014 - 06/04/2014

 

folha de montra

 

 

 

no lugar comum,

a cidade,

uma loja devoluta.

 

 

Perante a montra, decido sublinhar o espaço vazio.

 

 

Disponho de um gesto possível, do meu corpo e, ferramentas elementares.

 

Oculta pela quietude da cidade, desprendo do chão, o elemento que o vidro da montra, na sua completa transparência e capacidade reflexiva, revela mais numeroso, constante e, aparentemente, igual:

 

neste lugar, uma pedra.

 

 

Elevada e colocada em simetria com a cavidade aberta pela sua ausência, a pedra será reposta, cuidadosamente.

 

 

 

 

 

 

 

 

Armanda Duarte. Março de 2014

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